terça-feira, 23 de março de 2010

:: De molho


O outono chegou barbarizando aqui em casa. Alice foi de uma virose intestinal pra uma gripe forte em 5 dias. Perdeu 2 dias de aula semana passada e tá com cara de que vai perder essa semana toda, ou na melhor das hipóteses aparecer por lá só na sexta feira pra desejar um bom final de semana pros amiguinhos. E nós, os pais, estamos segurando a gripe na unha - o que não é fácil com uma menininha manhosa, colenta e que tosse na nossa cara o tempo todo. Há que se ter fé.

A novidade é que pela primeira vez Alice sabe verbalizar direitinho o que está sentindo. Um alívio por um lado (tem coisa mais agonienta do que um bebê berrando e a gente sem saber por quê?), mas uma tristeza por outro, porque nós mães nunca estaremos preparadas pra ouvir judiarias do tipo "não gosto quando a barriga dói, mamãe! É muito ruuuuim!" ou "Tá doendo forte forte!" - tudo isso aos pranto, como convém. (Foi ensinar a falar, agora segura, mamãe!)

Mas verdade seja dita, criancinha verbalizando é sempre um pouco engraçado, mesmo nestas tristes condições. Hoje Alice me pediu um remedinho pra passar na cabeça da Vandinha, que estava doendo (dona Vanda, coitada, também tá sendo vítima da nuvem viral que paira lá em casa). Peguei uma Novalgina para a dor de cabeça dela e foi difícil convencer Alice que aquilo era pra tomar e não pra esfregar na cabeça - depois ela ainda veio dedurar a Vanda e me dizer que ela não sabia usar o remédio.

Agora pouco também tive que apelar pra Novalgina pra tentar baixar um febrão insistente da pequena e foi aquela cena, porque, convenhamos, Novalgina é ruim pra cacete. Ela tomou, meio sonolenta, e aí chorou chorou chorou, tomou água e chorou mais, e fui ficando aflita, porque o troço é ruim mas não justifica um choro tão comprido. Confiando na desenvoltura de linguagem da minha filha, pedi pra ela me explicar pelamor por que estava chorando tanto, se estava com dor, se sentindo mal, etc. E ela, num soluço doído: "é que minha bochecha tá melaaaaada!!!".

Ah tá.


6 comentários:

  1. Ô, judiação. Melhoras aí pra pequena. E sei o quanto é duro a gente tentar escapar da gripe. Ainda mais grávidas, que não podemos tomar nada. Mas sabe que eu consegui, viu, Mari. Tomando muita água, fazendo minha hidroginástica e tomando mel com limão.
    Quanto ao verbalizar, passei pelo mesmo no fim de semana retrasado. Luísa acordou chorando muito e dizia que o ouvido estava doendo. Foi bem mais fácil pra identificar o problema. Ela teve que entrar no antibiótico e corticóide, mas por sorte foi só aquele dia que ela chorou de dor.
    Dá mais pena, mesmo, quando eles se expressam.
    Beijos aí na gatinha manhosa.

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  2. mãe da Alice, limpa a bochecha dessa menina por favor@! beijo gata

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  3. MAri,
    Deixe ela sempre de meia..para esquentar as extremidades (a febre tende a migrar) e lembre-se de que a febre não é uma coisa tão ruim assim...é o corpinho dela combatendo os virus da gripe!!! é a defesa dela funcionando...então respire, fique calma...que mais uns dias ela tá boazona novamente!
    Beijocas

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  4. ô, dó! difícil segurar a vontade de dar colinho a ela, né?
    tomara que seja só uma virose à toa, que melhore logo!
    bjs

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  5. Mari!!! os problemas da Alice acabaram!!! existe Novalgina saborizada ( tipo "xarope") à venda nas farmacias, tem um gostinho bom...menos traumatico...bj

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  6. Ó o João: isso é dipirona? Eu não gosto de dipirona.
    E pra fazer descer guela abaixo? Ó céus!

    Ass: Rebeca

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